FJP Dados

Vulnerabilidade e condições de vida

Apresentação

Aexpressão vulnerabilidade social não possui significado único na literatura especializada, podendo ser utilizada de diferentes formas, com diferentes implicações. Trata-se de uma expressão da modernidade, uma vez que agrega características do processo sócio-histórico, que se reproduzem pelos mecanismos sociais que dirigem a sociedade, ao contexto conjuntural. Dessa forma, penetra-se em dimensões que compõem a vida social, expressando a sua multidimensionalidade. O objetivo dos dados apresentados aqui é fazer uma análise das dimensões que compõem a vulnerabilidade da população brasileira, por meio de indicadores demográficos e sociais.

Foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – Cadastro Único (CadÚnico), do Ministério da Cidadania, ambas para os anos de 2016 e 2017. Com base na PNADC, foram analisadas comparativamente as populações em situações de vulnerabilidade do Brasil, de Minas Gerais, da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e de Belo Horizonte. Por meio do CadÚnico, as pessoas em situação de vulnerabilidade residentes em Minas Gerais, no interior do Estado, na RMBH e em Belo Horizonte.

Destaca-se que, no caso da PNADC, a renda foi considerada como parâmetro chave para determinação da população em situação de vulnerabilidade, ou seja, foi a referência objetiva para a seleção da população analisada. A partir dela, foram criados dois grupos: extremamente pobres e pobres. No CadÚnico, pelo fato da renda já ser o critério para o indivíduo/família estar registrado no cadastro, não foi feito recorte algum para a análise. Para determinar o percentual de pobres e extremamente pobres, no Brasil, em termos monetários, adotou-se a linha de corte determinada pelo então Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) , a partir de junho de 2016. Os valores limites, assim como os rendimentos, foram corrigidos para o ano de 2017, com base no IPCA, disponibilizado para o segundo trimestre de 2016, com vistas a aferir de forma mais fidedigna as condições de vida da população. Assim sendo, os valores de corte para as duas categorias em análise foram: renda domiciliar per capita menor ou igual à R$93,00 (extremamente pobres) e renda domiciliar per capita entre R$93,00 e R$186,00 (pobres).

Release

Publicado em: Março de 2019
Próxima divulgação: Março de 2020

Proporção da população pobre e extremamente pobre

Proporção de população residente em domicílios particulares permanentes considerados extremamente pobres e pobres e variação relativa anual (%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016-2017

Regiões Percentual da população residente em domicílios particulares permanentes extremamente pobres e pobres
 2016 2017 Variação 2016/2017 
 Extremamente pobres Pobres Extremamente pobres Pobres Extremamente pobres Pobres
Brasil48,851,254,345,711,3-10,8
Minas Gerais55,644,457,242,82,8-3,6
RMBH73,226,859,540,5-18,751
Belo Horizonte 82,617,453,146,9-35,7169,4
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Proporção da população pobre e extremamente pobre, por sexo

Proporção de população residente em domicílios particulares permanentes considerados extremamente pobres por sexo (%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016 e 2017

Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Proporção de população residente em domicílios particulares permanentes considerados pobres por sexo (%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016 e 2017

Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Proporção da população pobre e extremamente pobre, por cor/raça

População branca e negra residente em domicílios particulares permanentes (%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016 e 2017

Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Proporção da população pobre e extremamente pobre, por grupos de idade

População residente em domicílios particulares permanentes extremamente pobres por grupos etários(%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016 e 2017

Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

População residente em domicílios particulares permanentes pobres por grupos etários (%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016 e 2017

Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Proporção da população pobre e extremamente pobre, desocupada, por sexo

Proporção de população de 14 anos ou mais de idade desocupada, residente em domicílios particulares permanentes considerados extremamente pobres e pobres na semana de referência, por sexo (%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016-2017

Regiões 2016 2017 2016/2017
 Extremamente pobres (%)Pobres (%)Extremamente pobres (%)Pobres (%)Extremamente pobres (%)Pobres (%)
Brasil      
  Masculino58,85256,945,5-3,1-12,5
  Feminino41,24843,154,54,513,5
Minas Gerais      
  Masculino61,642,557,542,4-6,6-0,2
  Feminino38,457,542,557,610,70,1
RMBH      
  Masculino59,342,148,326,2-18,4-37,8
  Feminino40,757,951,773,826,827,5
Belo Horizonte      
  Masculino58,641,533,528,1-42,7-32,4
  Feminino41,458,566,571,960,423
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Proporção da população pobre e extremamente pobre, desocupada, por cor/raça

Proporção de população de 14 anos ou mais de idade desocupada, residente em domicílios particulares permanentes considerados extremamente pobres e pobres na semana de referência por cor (%)
Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2016-2017

Regiões 2016 2017 2016/2017
 Extremamente pobres (%)Pobres (%)Extremamente pobres (%)Pobres (%)Extremamente pobres (%)Pobres (%)
Brasil      
  Branca27,524,126,921,7-2-9,9
  Negros72,175,472,377,30,22,5
Minas Gerais      
  Branca263416,914,9-35,1-56,2
  Negros746682,785,111,828,9
RMBH      
  Branca21,333,71117-48,2-49,6
  Negros78,766,387,68311,325,2
Belo Horizonte      
  Branca26,9 204,1-25,6...
  Negros73,11008095,99,4-4,1
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Total da população inscrita no Cadastro Único

População registrada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e variação relativa
Minas Gerais, Interior do Estado, RMBH e Belo Horizonte – 2016-2017

Regiões 2016 (abs.) (a) 2017 (abs.) (b) (b)-(a) Variação 2016/2017 (%)
Minas Gerais1.365.9461.340.123-25.823-1,9
Interior do Estado1.135.6801.102.185-33.495-2,9
RMBH230.266237.9387.6723,3
Belo Horizonte81.54182.6001.0591,3
Fonte: Dados básicos: Ministério da Cidadania/Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte. CadÚnico: Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único.

População considerada extremamente pobre e pobre registrada no Cadastro Único e variação relativa
Minas Gerais, Interior do Estado, RMBH e Belo Horizonte – 2016-2017

Regiões 2016 2017 2016/2017
 Extremamente pobres (%) Pobres (%)Extremamente pobres (%)Pobres (%)Extremamente pobres (%)Pobres (%)
Minas Gerais35,310,536,210,40,5-2,6
Interior do Estado32,910,536,210,46,9-3,8
RMBH47,510,336,210,3-21,23,7
Belo Horizonte56,212,736,410,3-34,3-17,9
Fonte: Dados básicos: Ministério da Cidadania/Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte. CadÚnico: Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único.

Proporção da população inscrita no Cadastro Único, por condição de analfabetismo

População de baixa renda segundo o Cadastro Único com 15 anos ou mais de idade pela condição de analfabetismo(%)
Minas Gerais, RMBH, interior do Estado e Belo Horizonte – 2016 e 2017

Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Nota: RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte. CadÚnico: Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal

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